domingo, 13 de julho de 2014

Jornalismo ideológico


Jornalismo ideológico de William Waack

No último programa Painel, da Globo News, o jornalista William Waack conversou com convidados sobre a derrota do Brasil para a Alemanha (a goleada de 7X1). O detalhe é que os convidados se repetem, sempre tem formação liberal, alguns de centro e outros de direita. 

Neste caso estava Roberto DaMatta (antropólogo, ligado ao Instituto Millenium, entidade que articula os grandes meios de comunicação e empresariais, braço ideológico liberal), Eduardo Gianetti (professor, liberal, conselheiro e formulador do programa político da Marina Silva) e outro professor da USP.

Todos falaram que a crise pela goleada, a decepção no futebol, poderia ajudar desencadear mudanças de lideranças na sociedade brasileira. O 'jornalista' William Waack termina o programa dizendo que outubro vem aí, e quem sabe o povo brasileiro, faz da frustração do futebol fator de mudança. A sutileza ficou mais evidente.

Poderia ter concluído falando de mudar a CBF, a FIFA, a Lei Pelé que envia craques para jogar no exterior. Poderia chamar para uma nova estruturação do futebol brasileiro, diferente do padrão atual, que levou a derrota na Copa. Não fez.

Quem assiste acha que é jornalismo, acha que estão fazendo uma reflexão isenta, tentando opinar sobre a derrota e trocando ideias sobre futebol. Porém, não é isso. William Waack é um apresentador ideológico, que articula ideias sintonizadas com a classe patronal brasileira. E o Instituto Millenium, é uma braço ideológico da Globo e outras empresas.

Os convidados são escolhidos para opinar de acordo com as ideias do patrão, dos monopólios da comunicação e da oposição ao governo federal. Os especialistas, os intelectuais convidados, como regra, estão sempre afinados com os patrões e as ideias neoliberais.



Nenhum comentário: