sexta-feira, 26 de junho de 2009

Aquecimento global: efeitos do CO2 nos oceanos

Filme alerta para os efeitos do CO2 nos oceanos

O longa-metragem ''A sea Change'' (Uma mudança no mar), da americana Barbara Ettinger, fascinou e assustou os espectadores do XI Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica), realizado na cidade de Goiás Velho, na quarta-feira (17) ao alertar para o grave problema ambiental da acidificação dos oceanos.

Rodado no formato docudrama - uma mistura de documentário e ficção -, o filme acompanha o educador norueguês radicado nos Estados Unidos, Sven Huseby, que fica aturdido ao ler um artigo sobre a acidificação dos oceanos em consequência da poluição por dióxido de carbono (CO2).

A cineasta segue Huseby em sua jornada em busca de explicações e respostas, que, à medida que aparecem, deixam o educador e o público cada vez mais perplexos.

Ao participar de uma conferência de oceanógrafos em Seattle, nos Estados Unidos, Huseby descobre que o oceano absorveu 118 milhões de toneladas cúbicas de CO2 em 200 anos, 43% disso apenas nas duas últimas décadas, e que a maior ameaça desta mudança é a completa extinção da vida marinha.

"A comunidade científica cometeu um erro ao subestimar os efeitos da absorção de dióxido de carbono pelo oceano. As consequências são imprevisíveis", afirma um dos cientistas reunidos em Seattle.

Entre outros efeitos, a água mais ácida dissolve a concha de mariscos e outros animais marinhos, como os corais, que podem simplesmente deixar de existir dentro de 50 anos, segundo cálculos de alguns oceanógrafos. No caso dos pterópodes, pequenos moluscos de menos de um centímetro protegidos por uma fina concha, a situação é ainda mais grave: por estarem na base da cadeia alimentar de milhares de espécies, sua extinção causaria um dano irreparável.

No final do filme, Ettinger mostra exemplos de investimento na produção de energia limpa, essencial para conter as emissões de CO2. Huseby mostra ainda iniciativas bem sucedidas de implantação de energias limpas tradicionais, como a solar e a eólica, e de fontes menos conhecidas, como a geotérmica e a que utiliza a força das ondas do mar.

Antes do Fica, "Uma mudança no mar" já havia sido apresentado em festivais internacionais como os de São Francisco, na Califórnia, e de Seattle, em Washington. Em Goiás Velho, ele concorre com outras três produções pelo principal prêmio da mostra competitiva, que será anunciado no sábado. Um total de 556 obras de 47 países estão sendo apresentadas nesta mostra, a maioria fora de competição.

(Fonte: JB Online)
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sexta-feira, 19 de junho de 2009

ONU: aumenta a fome no mundo

ONU: com crise, número de desnutridos ultrapassará 1 bilhão

A barreira de um bilhão de pessoas que passam fome será superada em 2009 em consequência da crise econômica mundial, anunciou nesta sexta-feira a Organização das Nações Unidas (ONU) para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
"Pela primeira vez na história da humanidade, mais de um bilhão de pessoas, concretamente 1,02 bilhão, sofrerão de subnutrição em todo o mundo", adverte a FAO em um relatório sobre a segurança alimentar mundial.
"O número supera em quase 100 milhões o do ano passado e equivale a uma sexta parte aproximadamente da população mundial", destaca a agência especializada da ONU, que tem sede em Roma.
Segundo as estimativas da FAO, baseadas em um estudo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, "a maioria das pessoas subnutridas vive em países em desenvolvimento". Quase 53 milhões de pessoas sofrerão fome em 2009 na América Latina e Caribe.
O número chega a 642 milhões na Ásia-Pacífico, 265 milhões na África subsaariana, 42 milhões no Oriente Médio e África do Norte e 15 milhões nos países em desenvolvimento.
O número de subnutridos no mundo passou de 825 milhões no biênio 1995-1997 a 873 milhões de 2004 a 2006.
Em 2008, o númerou caiu de 963 milhões a 915 milhões por uma melhor distribuição dos alimentos, mas a tendência se reverteu com o agravamento da crise econômica e financeira do fim do ano.
Para a FAO, o objetivo fixado em 1996 na Cúpula Mundial sobre a Alimentação (CMA) de reduzir à metade o número de pessoas com fome não será alcançado.
A meta foi ratificada, no entanto, com o compromisso de ser atingida em 2015, em uma reunião da ONU em Roma em junho de 2008. Mas a redução da renda pela crise e os elevados preços dos alimentos foram devastadores para as populações mais vulneráveis.
As estimativas da FAO confirmam a tendência desalentadora da última década para uma insegurança alimentar maior e revelam claramente o impacto da crise nas populações mais pobres do planeta.
"O aumento da insegurança alimentar que aconteceu em 2009 mostra a urgência de encarar as causas profundas da fome com rapidez e eficácia", afirma a organização.
"A atual desaceleração da economoa mundial, que segue a crise dos alimentos e dos combustíveis e coincide em parte com ela, está no centro do fuerte aumento da fome no mundo", indica a agência da ONU.
As estimativas alarmantes da FAO foram publicadas três semanas antes da reunião de cúpula dos chefes de Estado e de Governo do G8, os oito países mais ricos do mundo, na cidade italiana de L'Aquila, de 8 al 10 julho.
A crise econômica e suas repercussões, em particular na África, o continente mais afetado, estão na agenda da reunião.
Na América Latina e Caribe, a única região que registrou sinais de melhora nos últimos anos, também foi comprovado um aumento (12,8%) do número de desnutridos. Até nos países desenvolvidos, a desnutrição se transformou em uma preocupação cada vez maior.
O relatório completo sobre a insegurança alimentar no mundo será apresentado oficialmente em outubro.

Fonte: Terra Notícias/AFP
19 de junho de 2009

Mudanças climáticas e produção agrícola

19/06/2009 (WWW.ambientebrasil.com.br)

Mudança climática ameaça afetar produção agrícola

A rápida elevação nas temperaturas mundiais poderá levar vantagem sobre os esforços dos agricultores em manter a produção, dizem especialistas que pedem verbas para desenvolver novas culturas e congelar as linhagens resistentes ao calor desenvolvidas ao longo dos séculos passados.

Um estudo da Stanford University a ser publicado na sexta-feira (19) estima que os períodos de cultivo africanos para os alimentos básicos do continente - milho, painço e sorgo - serão mais quentes em nove de cada dez anos até 2050.

Os produtores podem fazer adaptações mudando os tempos de cultivo ou usando variedades novas, mas o ritmo da mudança exigirá uma ajuda extra, conclui o estudo na revista Global Environmental Change.

"Para a maioria dos produtores da África, o aquecimento rapidamente tomará conta do clima, não apenas para além da variação da experiência pessoal deles, mas também para além da experiência de outros produtores de seus países", afirmou o estudo, cujos autores são de Stanford e do Global Trust Diversity Trust.

Estados Unidos, Grã-Bretanha e União Europeia revisaram recentemente os impactos da mudança climática.

A Casa Branca publicou nesta semana um relatório prevendo que ondas de calor, enchentes, secas e pestes danificarão as plantações e concluiu, por exemplo, que a produção de amoras poderá se tornar impraticável na área central da Costa Leste até 2050.

A Grã-Bretanha disse na quinta-feira que serão "inevitáveis" verões 2 graus Celsius mais quentes no sul da Inglaterra até a década de 2040 e citou uma pesquisa com produtores indicando que metade deles já sofre os efeitos.

A comissão executiva da União Europeia indicou em abril uma pesquisa mostrando efeitos positivos para os próximos 30 anos - por exemplo, invernos mais amenos - mas efeitos negativos cada vez maiores com o passar do tempo.

"A magnitude das mudanças climáticas pode exceder a capacidade de adaptação de muitos produtores", disse ela.

O desenvolvimento de safras mais resistentes, por exemplo, envolve uma década ou mais de culturas ou de desenvolvimento de variedades novas, até que elas cheguem às mãos dos agricultores.

(Fonte: JB Online, 16/06/2009)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

A Felicidade, segundo o poeta Mário Quintana

FELICIDADE REALISTA


A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema; queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão.
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente
quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar.
É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente.
A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade.
Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.
Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.
Mário Quintana.

16/06/09

Estudo do governo dos EUA prevê catástrofes naturais por ação do homem

Mas cientistas dizem que ainda há tempo para evitar consequências.
Alerta da gestão Obama também mostra mudança em relação à era Bush.

Um relatório do governo norte-americano divulgado nesta terça-feira (16) afirma que a poluição no planeta atingiu o pior nível da história. E previu que a ação do homem vai provocar catástrofes naturais nos próximos cem anos.

Tempestadoes mais intensas, tornados mais devastadores, secas e inundações com grande poder de destruição - como as que aconteceram no Norte e no Sul do Brasil.

A explicação para as mudanças extremas no clima do mundo está em quase 200 páginas do relatório do programa americano de pesquisas climáticas globais.

Segundo o estudo, não há dúvida: o aquecimento global, provocado em grande parte pelo homem, está ameaçando o planeta.

O relatório revela que a temperatura da Terra aumentou quase um grau desde mil e novecentos e deve subir entre um e seis graus nos próximos cem anos.

Em 2.000 anos o nível do mar subiu 20 centímetros. E essa medida deve dobrar dentro de um século.

Mas cientistas que estavam na apresentação do relatório, nesta quarta, afirmaram que ainda não é tarde para evitar as consequências mais devastadoras: mais tempestades, erosões e inundações principalmente na costa americana, no Golfo do México, em ilhas do Pacífico e em parte do Alasca.

O aumento da temperatura também pode causar doenças provocadas pela contaminação da água e do ar, infestação de pragas na agricultura, num desafio à produção de grãos e a criação de animais.

Os Estados Unidos, maiores emissores de gases poluentes, estão entre os países que mais devem sofrer com o destempero da natureza. O ex-presidente George W. Bush antes se recusava a controlar a emissão de gás carbônico. Mas essa é uma das promessas de Barack Obama.

Os pesquisadores dizem que as escolhas de políticas ambientais feitas a partir de agora serão determinantes na gravidade dos impactos e nas mudança climáticas que devem acontecer no futuro.