terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Pode ser pior

Pode ser pior...

Os candidatos da direita nos EUA estão com metas fora da Terra, eles estão prometendo até a Lua...

Os republicanos, querendo chegar ao poder, estão com a cabeça na Lua. Um deles, o Newt Gingrich, além de ultraconservador é picareta, prometeu uma base na Lua até o final de seu segundo mandato, nos anos 2020. Ele quer os EUA superando a China, sendo o primeiro país a ter uma base permanente na Lua. Empolgado, prometeu a Lua para os americanos e foi mais longe, sugeriu uma base com 13 mil americanos vivendo lá nas alturas. Estas modestas ideias dos candidatos custariam bilhões de dólares a um país em crise. Mas, funciona para animar um povo que está sentido perder espaço no mundo devido a ascensão da China e outros países.

Alguns cientistas lúcidos, dizem ser isso um absurdo. Segundo os jornalistas, Jorge pontual e Silio Boccanera, que fizeram a reportagem no Globo News, o voo tripulado da Apollo, custou aos EUA, em moeda de hoje, o equivalente a 200 bilhões de dólares.  Se já foi caro naquele momento, agora pior ainda, os EUA estão em crise,  coloca a  reportagem. Trata-se de muito dinheiro, para um cientista é "inalcançável' em períodos de crise, que se tem outras prioridades. Colonizar a Lua é levar tudo para lá para ter a mínima condição de sobreviver.

Um cientista disse que mídia deveria estar dizendo para as pessoas: “prestem atenção”. Mas, o fato é que não estão levando nada sério a coisa. Aliás, quem se diverte são os humoristas. Essas promessas dos conservadores deixam o democrata Obama na defensiva, ele está cortando gastos para diminuir o déficit e propõe investir na saúde pública e reativar a economia.

O pior disso tudo: estes são as pessoas, que vão governar o país mais poderoso do mundo. Estes são "os líderes da América". E, não há graça nessa demagogia e nessa demência conservadora. Por isso, se muitos políticos são ruins aqui, nos Estados Unidos, pode ser muito pior e com consequências mais graves, para todo mundo. Para o todo o mundo e talvez também para a Lua....

Demilson Fortes

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Oscar


Os EUA e seu cinema continuam fortes? Pelos muitos comentários sobre o Oscar que se ouve parece que sim. Talvez seja somente o costume dos analistas da periferia que adoram o Império e suas novidades. Essa premiação do Oscar reflete muito bem a influência (até aqui um domínio) cultural dos EUA sobre o mundo. Ora, cinema se faz em muitos lugares do mundo, mas não se consegue investir tanto e se impor tanto comercialmente como faz hollywood. Um dia, possivelmente, se o Oscar for apenas mais um prêmio, juntamente a outros de pelo mundo, os EUA já não será um Império e terá perdido sua força. É notório que mesmo os países europeus não conseguiram se colocar como influência no cinema para o mundo, mesmo produzindo excelentes filmes e tendo a força econômica que têm. Os europeus para sobreviverem tiveram de aprovar leis de proteção à exibição da produção nacional.

A questão é se a China, como potência que emerge, poderá fazer a diferença na área cultural. Eu tenho dúvida sobre isso, pois, um país que não tem liberdade e vive da restrição e da censura, dificilmente conseguiria ser potência (estilo hollywood) nessa área. Agora, como o capitalismo se reinventa, poderá ser que a China venha a produzir uma máquina industrial de fazer filmes para entretenimento do mundo. A verdade é que capitalismo não rima necessariamente com democracia, podendo sim, se dar muito bem com ditaduras, desde que enriqueça alguns e deixe milhares de pessoas maravilhadas com alguma coisa. Apostaria que as estrelas de hollywood aceitariam produzir filmes com regimes ditatoriais desde que lhes rendessem dólares para encherem seus bolsos, sustentando sua opulência e arrogância, assim é que ocorre com os empresários do mundo ocidental que vão ganhar dinheiro na China (explorando até trabalho escravo e infantil) e andam por aí dando discursos de democratas.

Demilson F. Fortes

Internet: tudo tem seu preço?



Serviços  de internet gratuitos? 
De um importante documentário exibido no canal Futura, que problematizou o tema:
 "você paga a internet gratuita com as informações suas que são postadas". E, ainda: "a sua curiosidade no google é uma mina de ouro".

Então é isso: a informação sobre sua vida vale ouro para os serviços "gratuitos" da internet. Não é para menos que facebook vale quase US$ 100 bilhões e o Google vale quase US$ 200 bilhões. As informações que você posta ajuda google e facebook fazerem muito dinheiro. Segundo opinião de alguns funciona mais ou menos assim: "você é convidado a participar e ignora as consequências".

Um bom debate sobre a internet e a privacidade das pessoas, a liberdade, a segurança de dados pessoais, etc, etc,

Demilson F. Fortes

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A Grécia e a crise do capitalismo



Alguns economistas falam em "falência da Grécia". Seria horrível escutar isso sobre qualquer país, mas trata-se do berço da democracia, de um país da Europa. Esta última, a referência maior da civilização até aqui, de uma sociedade organizada segundo a vontade maior de seu povo, com instituições estáveis e alternâncias no poder; que conseguiu compatibilizar liberdade, prosperidade econômica e tentativas vitoriosas importantes de construir maior igualdade social. Por isso, a derrota da Grécia e da Europa é mais que uma derrota do capitalismo, pois, como em toda derrota do capitalismo, quando não há outra força suficiente para substituí-lo por algo melhor, poderá vir o pior. E, nestes casos, pode ser a derrota da própria civilização. O capitalismo está na cadeira dos réus, mas como em todo processo penal, se está sujeito a injustiças e quem pode ser condenado é o que a humanidade, possivelmente, produziu de mais avançado e generoso: a ideia de república e de democracia, que por mais imperfeitas que sejam representam "possibilidades" sempre abertas e "esperanças" de algo melhor. O que estamos nos acostumando a ver na TV são tempos de incertezas. A Grécia, de tantos mitos e deuses, agora aterriza na dura realidade, onde não há deuses que possam salvá-la. A sociedade grega pode refundar-se nas ruas e praças e como fundou a democracia, poderá criar algo até então não conseguido na sua plenitude, que foi compatibilizar democracia e socialismo.


Demilson F. Fortes
Porto Alegre, fevereiro de 2012.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Por uma institucionalidade ambiental global


A criação de uma institucionalidade global, no âmbito na ONU, para questões ambientais e desenvolvimento sustentável é um debate interessante que virá na Rio+20. O Brasil participa tendo responsabilidade e importância nesse debate, em parte por ter a maior biodiversidade do planeta, mas também, por ser o país que o mundo reconhece que está buscando a inclusão social de milhões. Este é o desafio: conservar a base ecológica e melhorar a vida das pessoas. 

O Brasil defende o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Ou melhor dizendo: os  ricos que mais consomem  e mais poluem devem contribuir mais para pagar a conta no enfrentamento da crise ambiental, e os pobres têm direito a uma vida digna. Quem somente defende a natureza sem pensar na inclusão social dos mais pobres é alienado e conservador. Temos que tirar dos ricos e dos poderosos e redistribuir renda e poder, para melhorar a vida de todos. Precisamos alterar o padrão de desenvolvimento e ter outro modo de vida, para todos viverem bem.

Demilson Fortes
Porto Alegre, RS.

Combater a violência contra as mulheres


O Jornal Hoje, noticiou agora pouco, mais um crime contra mulheres. Desta vez, uma procuradora federal foi assassinada pelo marido, na sua própria casa, onde estava com seus filhos. Ela havia registrado queixa e avisado a polícia das ameaças, que se confirmaram. Neste caso, foi em uma mansão e não em um casebre da periferia, fato que evidencia que o machismo está em todo o lugar, e precisa ser com...batido. Na Assembleia Legislativa do RS, o Deputado Edegar Pretto lidera a "Frente Parlamentar dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres", que tem a finalidade de debater e propor ações para que o RS supere a violência. O machismo e a violência relacionada a isso ocupa manchete quase todos os dias. É preciso mudar isso, uma tarefa de homens e mulheres.

Demilson Fortes
Porto Alegre, RS.