sexta-feira, 24 de julho de 2009

Consumo nos EUA emite mais CO2

23 / 07 / 2009 (www.ambientebrasil.com.br)

Consumidores americanos são os maiores emissores de CO2

Os Estados Unidos são de longe o maior emissor de gases causadores do efeito estufa, à frente da China, se os consumidores dos países ricos forem responsabilizados pelo carbono emitido na produção dos bens que adquirem, disse um pesquisador nesta quarta-feira (22).

Os gases causadores do efeito estufa geralmente são contabilizados para os países onde ocorre a emissão. Esses dados indicam que a China superou os EUA como maior poluidor.
Mas ajustando as emissões para atribuí-las ao país onde são consumidos os bens gerados por elas faz com que a conta dos países ricos cresça, diz o pesquisador do Centro para Pesquisa Climática e Ambiental de Oslo (Cicero), Glen Peters.

"O ranking faz muitos países ricos parecerem pior e muitos países pobres, melhor", disse ele.

No ranking de 73 nações, os americanos têm a maior "pegada de carbono" anual, equivalente a 29 toneladas de carbono per capita, à frente de australianos (21 toneladas) e canadenses (20 toneladas).
Cada cidadão chinês conta, na avaliação baseada em dados de 2001, com meras 3,1 toneladas.

Ajustando-se a proporção para evitar distorções causadas pela enorme população chinesa, o resultado é 7,9 bilhões de toneladas em emissões americanas e 3,9 bilhões de emissões chinesas.

Países em desenvolvimento já indicaram que os países ricos deveriam responsabilizar-se mais pelas emissões geradas na produção de produtos para exportação. Um novo tratado da ONU sobre mudança climática deverá ser firmado em Copenhague, em dezembro.

O estudo de Peters determinou que os consumidores de cada país tendem a ter uma pegada de carbono cada vez maior à medida que enriquecem, uma descoberta desanimadora para governos que tentam manter o compromisso com o corte de emissões e com o crescimento econômico.

"Uma vez que você tenha comprado comida e pago pela sua casa, o que você faz com o dinheiro que sobra é consumo de luxo", disse Peters. "Quanto mais dinheiro você ganha, mais emissões você tem".

Ele sugere que os governos tentem canalizar o consumo para atividades mais baseadas em serviços, como teatro ou restaurantes.

(Fonte: Estadão Online)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Mandioca fica mais tóxica com CO2 no ar

01 / 07 / 2009 www.ambientebrasil.com.br

Mandioca fica mais tóxica com CO2 no ar, sugere estudo

Culturas como a mandioca, das quais milhões de pessoas em todo o mundo dependem, tornam-se mais tóxicas e produzem menos em um mundo com mais gás carbônico e secas, dizem cientistas australianos.

Ros Gleadow, da Universidade Monash (Melbourne), testou a reação da mandioca e do sorgo a uma série de cenários de mudança climática para estudar a qualidade nutricional e a produtividade.

Ambas as espécies produzem o veneno cianeto quando suas folhas (e, em algumas variedades de mandioca, a raiz) são esmagadas. O grupo testou as plantas com três concentrações diferentes de CO2.

Com o dobro da concentração atual (380 partes por milhão) de CO2, o nível do composto tóxico da mandioca fica bem mais alto. Entretanto, o aumento é só nas folhas. "Mas a planta não cresce tão bem", disse Gleadow.

(Fonte: Folha Online)

Dióxido de carbono e desaparecimento de corais

08 / 07 / 2009 www.ambientebrasil.com.br

Especialistas prevêem que recifes de corais desapareçam neste século

Os recifes de corais desaparecerão neste século caso as emissões de dióxido de carbono (CO2) não sejam reduzidas drasticamente, informou um painel de especialistas, em uma reunião realizada na Royal Society de Londres, nesta terça-feira (7).

O encontro, organizado pela Sociedade Zoológica britânica, pelo Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos (IPSO, na sigla em inglês) e pela Royal Society, teve o objetivo de identificar alvos e fixar prazos concretos de atuação contra o aquecimento global.

A previsão dos cientistas é que, antes de 2050, seja alcançada uma concentração de CO2 na atmosfera de 450 partículas por milhão (ppm), um ponto "a partir do qual os corais podem chegar à extinção em questão de décadas".

"O nível seguro de CO2 que deveríamos perseguir é de 320 ppm, porque agora sabemos que 360 ppm é o nível no qual os recifes deixam de ser viáveis em longo prazo", afirmou o professor John Veron, um dos principais especialistas do mundo em recifes.

Vernon se mostrou pessimista sobre a capacidade dos políticos de responderem a este desafio.

Se a situação continuar assim, o analista afirmou que "o que agora consideramos um ano ruim, será um ano normal em 2030 e um ano muito bom em 2050. A situação continuará piorando, antes de melhorar, façamos o que façamos".

(Fonte: Folha Online)