Cristovam
Buarque é a velha política oligárquica
Com
decepção e indignação leio que o senador Cristovam Buarque (PDT)
justifica o seu voto em Aécio por considerar "um risco à
democracia" a continuidade no governo da coalização liderada
pelo PT, a qual faz parte o seu partido.
Cristovam
não considera um risco à população brasileira a visão liberal
dos que comandarão a economia em um governo de Aécio, que ligados
ao mercado, acham que o salário mínimo está muito alto e que
poderão fazer dos serviços públicos - como educação e saúde -,
uma mercadoria, com consequências sociais como exclusão e desemprego.
O senador
não considera um risco um risco à democracia o pesado domínio
midiático que deturpa e manipula constantemente a informação que
chega a casa do cidadão brasileiro, de acordo com interesses
ideológicos, com um jornalismo sem ética e disposto a golpes para
se manter influenciando as pessoas. Esse sim um poder.
Democracia
para o senador não inclui a igualdade de fato, que está sendo
construída no Brasil nos últimos 12 anos, após séculos de
profunda desigualdade, autoritarismos e opressão. Um País soberano,
que tem instituições republicanas e democráticas funcionando, que
se desenvolve e inclui milhões, algo inédito na nossa história.
O senador
desconsidera os avanços sociais democráticos do último período e
faz coro com a elite econômica e os senhores do mercado e os barões da mídia.
Cristovam
Buarque não é ingênuo, sabe muito bem o que está em disputa. Como
ideólogo, joga, blefa, dissimula para esconder seus reais
sentimentos e intenções. Constrói uma narrativa que tenta
justificar, como toda a ideologia.
Pobre
sujeito que só é notado por ser um traidor da esquerda, por ser
alguém que não constrói coletividades. Seu partido é da tradição
trabalhista e teve em Brizola seu fundador e maior líder que sofreu e denunciou o os riscos para a democracia do monopólio da mídia exercido pela Rede Globo. Personalista, Cristovam descumpre a orientação de seu partido que definiu o apoio à Dilma. Ao dar apoio à candidatura de Dilma, o PDT foi coerente com sua atuação nos últimos anos em que integrou os governos Lula e Dilma.
Incoerente,
Cristovam Buarque rendeu-se ao conservadorismo, mas parece que também à mentira, ao liberalismo, ao rancor e a mágoa.
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